"O Seminário é o período em que aprendeis um com o outro e um do outro." (Bento XVI)
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segunda-feira, 31 de maio de 2010

quinta-feira, 27 de maio de 2010

TUBARÃO: TEMOS BISPO!

Foi com imensa alegria que toda a Igreja Particular de Tubarão recebeu a nomeação de seu novo Bispo. Neste dia 26 de maio de 2010, o Papa Bento XVI nomeou DOM WILSON TADEU JÖNCK como 5º Bispo da Diocese de Tubarão/SC. Dom Wilson assumirá o governo da Diocese no próximo dia 18 de julho, às 15h, na Catedral diocesana Nossa Senhora da Piedade.Todos desejam conhecer um pouco sobre o novo Bispo. Abaixo, alguns dados biográficos. D. WILSON nasceu na cidade de Vidal Ramos (SC), no dia 10 de julho de 1951. Em sua trajetória formativa fez o Ensino Fundamental e Básico no Seminário São José, Rio Negrinho, SC (1963-1964); Seminário Sagrado Coração de Jesus, Corupá, SC (1965-1967). Ensino Médio no Seminário São José, Rio Negrinho, SC (1968-1970). Filosofia no Convento Sagrado Coração de Jesus, em Brusque, SC (1972-1973). Teologia no Convento Sagrado Coração de Jesus, Taubaté, SP (1974-1977). Foi ordenado sacerdote em 17 de dezembro de 1977 pela Congregação do Sagrado Coração de Jesus. Especialização em Pedagogia – Orientação Educacional na FAFI, em Varginha, MG (1978-1981). Em Roma, na Pontifícia Universidade Gregoriana, fez os estudos na área de Psicologia (1986-1990).Eleito Bispo pelo Papa João Paulo II em 11 de junho de 2003, com a sede titular de Gemellae in Byzacena e Auxiliar do Rio de Janeiro recebendo a ordenação episcopal no dia 16 de agosto de 2003, das mãos de Dom Eusébio Oscar Scheid, sendo concelebrantes Dom Orlando Brandes e Dom Tito Buss. Seu lema episcopal é “MAXIMUS AMOR PRO AMICIS MORI”, isto é: “AMAR É DAR A VIDA”.Atividades exercidas antes do episcopado: foi Vigário em Varginha, MG (1978-1981); Formador em Curitiba, PR (1982-1983); Formador no Seminário Filosófico SCJ, em Brusque, SC (1990-2000); Pároco em Joinville, SC (2000-2001); na Formação Auxiliar do Mestre de Noviço, Jaraguá do Sul, SC (2002-2003). Durante o seu episcopado na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro exerceu as funções de Animador do Vicariato Episcopal Suburbano, dos Institutos de Vida Religiosa e Sociedades de Vida Apostólica, das Missões, da Pastoral Vocacional do Seminário São José e do Seminário Rainha dos Apóstolos. Também era responsável pela Pastoral Presbiteral, das Novas Comunidades, da Associação de Psicólogos Católicos e Coordenador da Pastoral Vocacional no Regional Leste 1 da CNBB.Em nota da Coordenação Diocesana de Pastoral, o Pe. Lourenir do Nascimento (Pe. Hiko) assim se expressou: “Nossa diocese se alegra com a nomeação do novo Bispo. Nós desejamos-lhe as boas vindas. A exemplo do Sagrado Coração de Jesus, possa dar sua vida no pastoreio e governo da Diocese de Tubarão. BENDITO O QUE VEM EM NOME DO SENHOR. Seja bem vindo!”.Igualmente, nós do Seminário Diocesano Nossa Senhora de Fátima, formadores e formandos, unimo-nos às orações de todo o povo pelo ministério de nosso Pastor. Também agradecemos a Deus pelo dom de D. Wilson. Com a sua presença, na força do Espírito Santo, queremos continuar colaborando na construção do Reino de Jesus Cristo. Valha-nos as intercessões de nossa Mãe da Piedade e de nossa Beata Albertina!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

PENTECOSTES

Queridos, celebramos neste final de semana o grande dia de PENTECOSTES. Dia em que Jesus cumpre a sua promessa e envia o Espírito Santo, para que ajudados e tocados por esse fogo que vem do alto, sejamos seu verdadeiro discípulos missionários. Jesus disse-lhes: " A paz esteja convosco, assim como o Pai me enviou eu também vos envio." E assim ajudados por essa força que é o Espírito Santo, ele nos envia para sermos promotores da paz, promotores da sua palavra, promotores de seus ensinamentos. " Recebam o Espírito Santo" disse Jesu, nos entregando os seu sete dons: a sabedoria devemos usar para distinguir o certo do errado, e o entendimento para aceitar as verdades que vem de Deus. O conselho para discernirmos caminhos e opções, de orientar, escutar e animar mais a nossa fé. Com a ciência somos convidados a interpretar bem a palavra de Deus e a piedade para estarmos sempres abretos a Ele. A fortaleza nos faz coerentes com o evangelho, resistindo as seduções e enfim o temos de Deus que não nos significa tr medo dele mas sim medo de ofende-lo. Por isso, por essa riqueza de dons, ele não quer que as tratemos como míseros presentes que ganhamos deixando-os guradados em gavetas mas sim os coloquemos em prática.
Precisamos deixar esse espírito atuar verdadeiramente em nosso coração assim como o fez com Jesus, para sermos verdadeiros cristãos autênticos, praticantes de nossa fé.

O Espírito Santo que atua em Jesus é também enviado a todos nós enquento membros da comunidade, porque a sua ação não é limitada ao nosso individualismo e sim para a missão que temos na comunidade de fé. Devemos deixar reinflamar o carisma de Deus que está em nós como nos fala Timótio, e deixar esse coração de discípulo missionário arder dentro do nosso peito, arder em nossa comunidade, arder em nossas famílias.

Eu pergunto: Será qque estamos deixando ser templos do Espírito Santo? Será que o anunciamos e fazemos praticantes em nossas ações e palavras? Será que ele reina em nossa vida?
Somos convidados hoje e sempre a olhar para esse Jesus que morreu nacrus, ressuscitou e ascendeu ao céu e nos manda seu Espírito Santo e mudar de vida, deixando que ele tome conta de nós para que possamos dizer eu sou um verdadeiro Discípulo Missionário do Senhor, sou CATÓLICO e pratico a minha Fé.


Amém.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Dom Angélico fala da ação dos bispos eméritos e pede mais cuidado com a população idosa.


O bispo emérito de Blumenau (SC), dom Angélico Sândalo,destacou a missa
dos eméritos, na manhã de ontem, 5, realizada no Santuário Dom Bosco, em Brasília. “Na Assembleia, hoje, nos detivemos na oração inicial com uma Santa Missa em homenagem aos bispos eméritos. E foi uma felicidade. Eu digo com muito orgulho: como emérito, estou trabalhando muito mais do que quando era titular”, destacou. O bispo fez também um alerta à sociedade sobre o tratamento dado aos idosos. “A sociedade precisa abrir mais espaço aos idosos, descobrir suas necessidades, pois somos uma parcela da sociedade que cresce muito rapidamente”, disse no segundo dia Dom Angélico fala da ação dos bispos eméritos e pede mais cuidado com a população idosa de coletivas com a imprensa da 48ª A s s e m b l e i a Geral da CNBB. D o m A n g é l i c o d e s t a c o u a norma enviada pelo vaticano há 50 anos que destaca o problema da pósmodernidade. “O Vaticano já tocava neste assunto há meio século, de que os ‘velhinhos’ teriam dificuldades no mundo moderno”. Dom Angélico ressaltou, ainda, a felicidade em ser um bispo emérito. “Sou muito grato a Deus por ter me dado saúde para conseguir chegar à idade em que me encontro, e espero que Ele dê a todos as mesmas alegrias que recebi e que possam chegar a ‘melhor idade’

Só os anjos não têm sexo


Ter, 20 de Abril de 2010 00:00


A obrigação do celibato começou em 1123
Arnaldo Jabor
Os olhos do papa me inquietam. São olhos frios, perscrutadores, inquisitivos. O corpo se mexe, sob o manto rubro e dourado, os gestos são eclesiásticos, mas os olhos são fixos, defensivos, preocupados em esconder os desvios de um dogma superado e "inevitável". Nessa onda de denúncias contra os padres pedófilos, seus olhos ficaram mais duros. Não digo que ele seja conivente com a pedofilia, mas são olhos desconfiados, olhos em que há medo das mutações do mundo.
Claro que o celibato não é a única causa da pedofilia na Igreja. Mas, a própria escolha da vida religiosa já é uma negação alucinada da sexualidade - se a força máxima da vida é esmagada, a Igreja vira uma máquina de perversões. Claro. Pedofilia e homossexualismo pairam no ar de qualquer internato religioso.Alguns religiosos dizem que a pedofilia não é resultado direto do celibato, pois o padre insatisfeito poderia procurar um adulto, como fazem tantos no interior do país onde, diz a lenda, as mulheres amantes de batinas viram "mulas sem cabeça".O problema é que em colégios e conventos há a facilidade de pupilos dóceis, a obediência reverencial, o medo infantil... Além disso, procurar um adulto seria assumir uma sexualidade plena, da qual o noviço foge desde o início. Talvez vivam a fantasia de que molestar uma criança seja um pecado venial, incompleto, infantil, uma decorrência perdoável da proibição da Igreja. O pedófilo também é infantilizado.No velho colégio de padres onde estudei, a entrada dos alunos já era um desfile de velada pedofilia. O padre reitor - ahh... tempos antigos de batinas negras - postava-se imóvel na porta da entrada, numa pose paternal e severa, com as mãos oferecidas para abençoar os alunos. Passavam por ele duas filas de meninos, beijando suas mãos. Havia algo de veadagem naquilo, aquela negra batina imóvel como um manequim, as mãos beijadas por mais de 500 meninos de calças curtas. Ainda me lembro do vago cheiro de sabonete e cuspe na mão do padre.Eu via as mães dos alunos, lindas, com seus penteados e decotes imitando a Jane Russel ou Ava Gardner, fazendo charme para os padres enlouquecidos pela castidade obrigatória. E eu me perguntava: "Meu Deus... por que padre não pode casar?" Lembro-me do tremor dos jovens sacerdotes, excitados pelas madames pintadíssimas, trancando-se em negras clausuras, esvaindo-se no "vício solitário".E esses mesmos padres nos diziam: "Cada vez que vocês se masturbam, morrem milhões de pessoas que iam nascer. É um genocídio! Igual ao que o Hitler fez!" E nós, além do pecado, sofríamos a vergonha de ser pequenos "Hitlers" de banheiro. Eu pensava: "Por que tanta onda sobre nossos pobres pintinhos, por que essa energia que sinto em minha carne é criminosa?"

A masturbação era um crime inafiançável. Iríamos queimar no fogo por toda a eternidade. Lembro-me da descrição da eternidade no inferno: "Imaginem que o planeta seja um grande diamante duríssimo. De cem em cem anos, um passarinho vem voando e dá uma bicadinha na Terra. Só no dia em que toda a Terra for esfarinhada pelas bicadinhas, terminará a eternidade." E eu sofria, me esvaindo nos banheiros, pensando naquele passarinho que bicava o mundo, enquanto eu acariciava o outro passarinho se preparando para uma vida de traumas e medos.No filme que acabo de fazer, há essas cenas, interpretadas por dois grandes atores - os "padres" Ary Fontoura e Jorge Loredo (o "Zé Bonitinho").
No colégio, tudo era sexo dissimulado. Essa palavra terrível estava em toda parte, como uma ameaça vermelha. O Diabo nos espreitava detrás da estátua de Santa Tereza em êxtase, nas coxas dos anjinhos nus, nos seios fervorosos das beatas acendendo velas.
A angústia da proibição sexual era visível: rostos mortificados, berros severos e excessivos nas aulas, castigos sádicos, perseguições a uns e carinhos protetores a outros.Eu mesmo fui assediado por um padre que era notório cantador de menininhos; ele fazia mágicas para ser popular e, um dia, tentou me beijar num canto da clausura. Criado na malandragem das ruas, fugi em pânico. E falei disso em confissão com outro padre, que mudou de assunto, como se fosse uma impressão minha, como se a pedofilia fosse uma prática improvável, exatamente como os cardeais americanos fizeram. Há, sim, uma tolerância velada com esses desvios criados pelo antigo dogma.
A mim ensinaram que o prazer era um crime. A partir daí, tudo ficava manchado de culpa; a alegria era falta de seriedade, a liberdade era um erro, as meninas eram seres inatingíveis com seus peitinhos e bundinhas. Até hoje, vivo dividido entre as santas e as "impuras"; quantas dores senti na vida por esses ditames que transformavam as mulheres em perigos, em "Liliths" demoníacas, tão ameaçadoras quanto o intenso desejo que tínhamos por elas. A mulher, como Eva ou Pandora, era a origem de todos os males. Delas saía a vida e a morte, delas saía o prazer pecaminoso, o mal do mundo. Essa doença mística gera desde a burca até o strip-tease, numa antítese simétrica.
O problema da Igreja com o sexo leva-a a uma compreensão quebrada da vida, leva-a a denegar a aids, a condenar o aborto, o controle social da natalidade e a outros erros maiores, advindos de um vazio originário, desde o Concílio de Latrão em 1123. Sem o sexo, os religiosos seriam quase "anjos", mais próximos de Deus.

Uma das grandes desvantagens da Igreja católica diante de outras religiões é o celibato. Daí, em cascata, surgem problemas que justificam a queda do prestígio da Igreja na era do espetáculo e da derrubada de certezas.

Hoje piorou. O mundo virou uma incessante paisagem de bundas e seios nus, da hipersexualização que nos espreita no trânsito, nas ruas, na TV. Já imaginaram esses padres vendo as gostosas sexy do momento, trancados em escuras celas, sob o voto de castidade? Noite escura, sino batendo e a BBB nua na capa da revista? Esta é a minha ideia de inferno.
Fonte: A Gazeta ES