"O Seminário é o período em que aprendeis um com o outro e um do outro." (Bento XVI)
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quarta-feira, 23 de março de 2011

“Basta-me a Tua Graça” (2Cor 12,9).


Motivado pelas palavras de São Paulo, o Diácono Joel Marcolino Bittencourt, no dia 19 de março de 2011, as 15:00 hs na Igreja São José Operário em Tubarão/SC, se coloca diante do altar do Senhor, diante de nosso Bispo Dom Wilson Tadeu, dos padres presentes e de todo o povo de Deus, para dizer o seu “Sim” e consagrar inteiramente a sua vida ao trabalho no reino.
A Matriz São José estava totalmente lotada e houve belíssima participação do povo. Muitos padres de Tubarão vieram celebrar com o Joel e acolhê-lo no presbitério, além de vários padres de nosso regional SUL IV e de amigos seus de outros lugares deste Brasil por onde passou e deixou a sua marca.
Vários grupos manifestaram-se, no final da celebração, transmitindo sua saudação e demonstrando sua alegria pela decisão que o Joel tomou em sua vida e que Deus a cumulou de bênçãos para que seu ministério seja fecundo em favor do povo com quem irá trabalhar como padre.
Uma semana antes da Ordenação, uma Jornada Vocacional com visitas aos colégios e celebrações nas comunidades, além de um tríduo festivo na Igreja Matriz marcaram os preparativos para este solene momento.
Pe. Joel em entrevista para a mídia local deixa uma mensagem muito significativa aos nossos jovens: “Ser padre é uma questão de muito amor”. Deus nos ama e nos pede uma resposta de amor. Pense nisso, jovem. Pense se Deus não está dirigindo a você o convite: vem e segue-me. Tenha coragem de responder sim. Lute com coragem para vencer as barreiras que surgirem, pois o ministério do padre é muito belo.
Ele irá trabalhar como vigário paroquial na Paróquia da Catedral onde desde fevereiro já estava auxiliando o pároco Pe Anselmo Buss.
O desejo é que sejas perseverante nesta caminhada e que possas continuar renovando este “Sim” ao Senhor a cada dia. “ TU ÉS SACERDOTE PARA SEMPRE”
CONFIRA ALGUNS MOMENTOS

segunda-feira, 21 de março de 2011

Dom Murilo se despede do Regional Sul IV

Peregrino do amor, por Guilherme Pontes *

Murilo Sebastião Ramos Krieger, catarinense, nascido em Brusque, teve a vocação para o sacerdócio despertada desde pequeno. Ingressou na congregação do Sagrado Coração de Jesus e foi ordenado sacerdote em 1969. Trabalhou em Taubaté(SP), onde fundou o Movimento Shalom Jovem, foi reitor do Instituto Teológico e superior provincial de sua congregação. No dia 28 de abril de 1985, foi sagrado bispo e escolheu como lema Deus é Amor.

Como bispo, assumiu a Diocese de Ponta Grossa(PR), Arquidiocese de Maringá(PR) e, posteriormente, a Arquidiocese de Florianópolis, capital catarinense. Em janeiro deste ano, foi anunciado como novo arcebispo primaz do Brasil e arcebispo de São Salvador da Bahia.

Dom Murilo Krieger recebeu da Igreja, na pessoa do papa Bento VI, uma tarefa muito especial e relevante: a de ser o pastor da primeira diocese brasileira.

Com grande humildade, acolheu a missão, não como uma promoção, mas como um serviço para a Igreja da qual é pastor.

Imprimiu em tudo que fez a marca de seu lema episcopal, fazendo cada coisa com o zelo, dedicação e fraternal amor. Com amor, cuidou da arquidiocese e do rebanho que lhe foi confiado. Com amor, sempre atendeu a todos os que lhe procuravam, e com atenção de amigo e pastor falou as palavras certas.

Com uma perfeita organização nas coisas pessoais e nas tarefas administrativas, dom Murilo deu testemunho do amor com que conduz seu ministério.

A Arquidiocese de Florianópolis, nós, os católicos, sentiremos saudades de nosso pastor. Mas, ao mesmo tempo, o que nos alegra é saber que tivemos conosco um grande amigo, a quem, hoje, a Igreja confia uma nova e grande missão.

Neste momento, nos basta agradecer-lhe e dizer que, assim como nos ama, nós também o amamos. Agradecemos o carinho que dedicou a nós e com que cuidou desta Igreja Particular. Que Nossa Senhora, a quem ele confiou sua nova missão, continue ao seu lado, inspirando-o a amar a tudo e todos.

Guilherme Pontes - Seminarista da Arquidiocese de Florianópolis

quarta-feira, 16 de março de 2011

Quaresma:O REI, A CRUZ E O CORAÇÃO.


“Quando encontramos o mal, encontramos a cruz, encontramos o verdadeiro rosto de Deus. É no madeiro que Deus concede a resposta para todos os nossos males, isto é, seu amor. Quem não provou a cruz, não provou Deus”.

“Somos os únicos evangelhos que o mundo hoje pode ler”. Estas palavras de Bento XVI, na abertura do tempo litúrgico quaresmal deste ano retrata a vida nova, o mundo novo, que a jornada que nos leva para o Senhor é capaz de provocar. Não é um mundo realizado por revoluções ou conflitos, imposto exteriormente a nós. O reinado da cruz não quer ser uma teocracia, mas uma realeza do coração, que brota da mais profunda convicção e assentimento do ser humano. Ele é fruto de todo “sim” que tece a história da Igreja e da entrega desta multidão de evangelhos vivos que alhures guiaram o mundo e continuam guiando. Porém se este reinado começa no coração, ele não se encerra em si, mas é capaz de gerar o que o mundo por si só não consegue. O amor de Cristo gera uma esfera dominada pela Graça, pela transformação magnífica levando os corações dos homens a perfeita alegria. E pouco a pouco o que era interior vira exterior, atraindo a todos àquele Rei que não é glorioso, mas pobre e dilacerado pelo sofrimento. Este Rei que nos aproximando do seu palácio, que é a cruz, não nos dá nada, mas pede tudo com o seu “tenho sede”. Este é o verdadeiro reino que não nos ensina a fórmula da felicidade, como muitos livros de autoajuda oferecem, não nos tira a dor e nem pede para fugir das feridas que a vida pode encontrar.
É então que quando perdemos tudo e nos tornamos cruz com este Rei, dando o nosso coração, ganhamos o d’Ele. E o que este coração nos ensina? Que eu não posso tirar a coroa de espinhos de minha vida, mas com ela posso gerar a chama do amor. Nas vicissitudes deste caminho, este Coração de Jesus não nos desvia dos desertos, mas os transforma no manancial da Salvação. Ele não nos priva do mundo e nem da dor, mas nos convoca a transforma-lo a partir de dentro, com o amor, já que este é o perfeito remédio para o sofrimento. Por isso Bento XVI recorda no seu discurso que o autentico sentido da quaresma não está na tristeza. O deserto que a Igreja propõe na entrega ao Senhor não é algo fúnebre como alguém que perde tudo, mas dos bem- aventurados que já sabem que no seu dar, ganharam o Tudo, ganharam Jesus.
Quando encontramos o mal, encontramos a cruz, encontramos o verdadeiro rosto de Deus. É no madeiro que Deus concede a resposta para todos os nossos males, isto é, seu amor. Quem não provou a cruz, não provou Deus.
Converta-nos Senhor e nos atraia a Ti. Leva-nos ao teu reino da cruz que a princípio não é tão atrativo. Que o teu coração desfigurado possa guiar o meu, a fim de que o teu reinado se “estenda de um mar ao outro”, de “um coração ao outro” gerando vida neste mundo, sendo o evangelho que este pode ler e se guiar. Amém.


Willian Fernades - Seminarista