
" Vale a pena dizer sim a Cristo. Pois Cristo vale mais que a pena. Cristo vale a vida! "
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Seja Seminarista!
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
domingo, 28 de novembro de 2010
Natal: Celebre a solidariedade.

O princípio da Solidariedade.
A Doutrina Social da Igreja propõe princípios de reflexão, apresenta critérios de juízo, orienta para a ação.
A solidariedade culmina na sociabilidade da pessoa humana, a igualdade de todos em dignidade e direito ao caminho comum dos homens para uma unidade cada vez mais convicta.
A virtude da solidariedade vai além dos bens materiais. Difundindo os bens espirituais na fé, a igreja favorece também o desenvolvimento dos bens temporais nos quais muitas vezes abri novos caminhos. Assim foi-se verificando ao longo dos séculos, a palavra do Senhor: “Buscai, em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas serão acrescentadas.” (Mt 6,33)
A sociedade garante a justiça social realizando as condições que permitem as associações e a cada um obter o que lhes é devido. O respeito pela pessoa humana considera o outro como um “outro eu mesmo”. Supõe a respeito pelos direitos fundamentais que decorrem da dignidade intrínseca da pessoa.
A igualdade entre os homens assenta sobre sua dignidade pessoal e sobre os direitos que decorrem. As diferenças entre as pessoas pertencem ao plano de Deus, o qual quer q

A dignidade igual das pessoas humanas exige os esforços para reduzir as desigualdades sociais e econômicas excessivas e leva ao desaparecimento das desigualdades iníquas.
A solidariedade é uma virtude eminentemente cristã que pratica a partilha dos bens espirituais mais ainda que dos materiais.
São Gregório Magno dizia que “Quando damos aos pobres as coisas indispensáveis, não praticamos com eles grande generosidade pessoal, mas lhes devolvemos o que é deles. Cumprimos um dever de justiça e não tanto um ato de solidariedade”.
É preciso insistir e investir na formação da consciência social e política ancorada no princípio da solidariedade. “É uma convicção do pensamento social da igreja católica que o desenvolvimento integral do homem não pode realizar-se sem o desenvolvimento solidário da humanidade”, lembra o Santo Padre Papa Bento XVI na sua mensagem para o dia mundial da paz deste ano de 2010.
Texto Baseado no CATECISCO DA IGREJA CATÓLICA, 10ª edição, editado por Michel May dos Santos.
sábado, 16 de outubro de 2010
O MUNDO PRECISA DE SACERDOTES E MISSIONÁRIOS 3D

Quando falamos nessas três dimensões, precisamos observar que o sacerdote e todos os outros que trabalham na evangelização devem cuidar desses pontos. Portanto, isto vale também para nós, seminaristas. Reflitamos sobre cada aspecto.
DOUTRINA - nós precisamos de pessoas que sejam fiéis à Palavra de Deus, ao Magistério da Igreja e aos ensinamentos (a Tradição) que ela nos propõe para um bom discernimento da vida, do trabalho e das atitudes cristãs, conforme o ensinamento de Jesus.
Ao falarmos de DISCIPLINA, estamos entendendo o conjunto de valores e normas que orientam nossa vida, ajudando-nos a caminhar dentro da fidelidade ao Reino. Um homem de Deus deve conhecer e respeitar certos limites, para não se perder ao longo do caminho.
Por DEVOÇÃO compreendemos a abertura de coração, pela fé, para “as coisas do alto”. Em todas as nossas ações percebemos a lembrança de que somos homens em Deus. Por isso, queremos contar sempre com a presença do Espírito Santo que caminha conosco, nos ajudando a estar no Mundo, mas sem ser do Mundo.
Refletindo sobre a frase do Cardeal Ivan, percebemos que o padre deve ser uma pessoa que transpira o Sagrado, principalmente nas Missas, quando celebra o Santo Sacrifício. Assim, também nós leigos, ajudando o próximo a encontrar Jesus Cristo Ressuscitado, participamos da própria missão de Jesus.
Podemos dizer que, tanto padre quanto o leigo, devem ter em seu DNA o Espírito Santo, caso contrário é um cristão mal formado ou imaturo, e acaba não respondendo positivamente à vocação recebida. Tais atitudes começam ao nosso derredor, neste lugar onde estamos agora, sem precisar ir longe para realizar esta Missão.

Esforcemo-nos para ser “pessoas 3D”, capazes de deixar o rosto de Cristo transparecer em nossos rostos.
Por Michel Maÿ dos Santos
sábado, 2 de outubro de 2010
MISSÃO E PARTILHA...

O objetivo é despertar a consciência e a vida missionária cristã, e as vocações missionárias.
A ação missionária é essencial para a comunidade cristã. Uma bela canção nos lembra " Pelo Batismo recebi uma missão, vou trabalhar pelo reino do Senhor, vou anunciar a Boa Nova para os pobres, vou ser Profeta, Sacerdote, Rei, Pastor. Pelo batismo, o cristão é chamado a se reunir, em comunhão, ao redor de Cristo e participar da sua missão, com o testemunho de vida e o anúncio do Evangelho. É convocado a ajudar na criação e na animação das igrejas locais, no esforço para inculturar o Evangelho nas diferentes realidades, a promover o diálogo inter-religioso, a se aproximar dos últimos e a prestar um serviço concreto de caridade.
A missão está a serviço da paz: “Felizes os que promovem a paz” (Mt 5,9). É impossível entender a missão, sem o compromisso com a paz. Somos convocados e enviados a proclamar a boa-notícia da paz. Promover a paz é uma questão de fidelidade ao mandato missionário de Jesus.
Este mês, deve ser um mês motivador para que assumamos o nosso papel de cristão missionário, seja na nossa família, comunidade e ou sociedade. Porém, este mês não deve ser somente de ação, deve ser também de reflexão. Pois, para sermos missionários não precisamos percorrer grandes distâncias. Ser missionário é fazer a difícil viagem de sair de si, e ir ao encontro do outro, do novo, do diferente como em busca da fruta saborosa. É preciso pensar, planejar, ver a maneira de agir sem que os frutos sejam estragados ou que sejamos machucados pelos espinhos. E isso exige de nós uma abertura pessoal e comunitária para responder aos desafios de ser missionário.
Assumir os desafios e o compromisso de ser missionário é ter a missão não somente de levar algo, mas também de descobrir. Não somente de dar, mas receber. Não somente conquistar, mas partilhar e buscar juntos sempre a verdade em Cristo através de nossos gestos, atitudes e atos. A missão nos permite criar novos laços, novas relações, um novo jeito de olhar a vida, um novo jeito de ser igreja.
Ser missionário é um compromisso de toda a comunidade que vive e transmite a sua fé. “Nenhuma comunidade cristã é fiel à sua vocação se não é missionária”.
"Ao irem pelo mundo, não discutam, nem porfiem com palavras, nem façam juízo de outrem, mas sejam mansos, pacíficos, modestos, afáveis e humildes, tratando a todos honestamente, como convém” (S. Francisco).
Que nós possamos, iluminados pelas luzes do Espírito Santo, ser missionário e anunciadores da Boa Nova de Jesus, e que essa iniciativa possa começar pelas nossas familias para sermos verdadeiros evangelizadores e evangelizadoras do Reino.
Michel Maÿ Santos.
Entender os sinais de Deus

Um personagem bíblico pode nos ajudar a pensar sobre esse assunto: Moisés. Depois de ter se desentendido com os egípcios, por causa da escravidão dos Hebreus, Moisés foge para Madiã onde refaz sua vida, forma uma família e se dedica a cuidar dela. Um dia, ele tem uma experiência que o transforma radicalmente: Deus pede que deixe sua nova casa e volte ao Egito para libertar o seu povo (Ex 3,1-12).
A decisão não foi fácil, pois tudo levava a crer que Deus havia poupado Moisés da morte prematura nas mãos dos egípcios: quando pequeno havia lhe tirado das águas do rio (Ex 2,1-10), depois lhe conduziu a Madiã para que escapasse da cólera dos egípcios e agora lhe pedia que voltasse para junto dos mesmos egípcios... Teria Deus poupado sua vida para depois sacrificá-la aos inimigos?
O discernimento de Moisés teve de levar em conta todos os sinais que Deus colocou em sua vida. Certamente, o melhor para sua segurança e felicidade parecia ser ficar cuidando das ovelhas de seu sogro. Todavia, teria Deus lhe ajudado tanto para que ele apenas desfrutasse dessa ajuda? Não estaria Deus lhe propondo algo maior?
Moisés entendeu que os sinais dados pelo Senhor em sua vida o levavam de volta ao Egito e a seu povo oprimido. Seria a decisão mais arriscada, mas depois da experiência da sarça ardente ele não podia mais duvidar.
Lendo o singelo relato do início do Êxodo, ficamos com a impressão de que tudo aconteceu muito rápido. Mas, certamente, a decisão de Moisés foi antecedida por uma análise espiritual de todos os sinais que Deus havia manifestado em sua vida. Isso o ajudou a ver mais claramente para onde esses sinais apontavam.
Também em nossa vida espiritual, devemos estar atentos aos sinais que aparecem. Pode ser que não sejam sinais tão exteriores, mas devemos prestar atenção aos sinais interiores, ou seja, nossos sentimentos diante das coisas. Moisés entendeu a frase do Senhor: "Eu ouvi o clamor de meu povo" (Ex 3,7). Moisés também já havia sentido esse clamor em seu coração. Seu sentimento entrou em sintonia com o sentimento de Deus.
Muitas vezes, também vemos uma situação que nos questiona e nos perguntamos o que Deus diria em uma situação dessas, pois o que pensamos que ele diria talvez seja o que ele esteja dizendo para nós. É preciso estar atentos a esses sentimentos e a outros sinais que Deus nos concede.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
INDEPENDÊNCIA DO BRASIL - 7 de SETEMBRO

O processo de independência começa com o agravamento da crise do sistema colonial e se estende até a adoção da primeira Constituição brasileira, em 1824.
Cresce a condenação internacional ao absolutismo monárquico e ao colonialismo. Aumentam as pressões externas e internas contra o monopólio comercial português e o excesso de impostos numa época de livre-mercado e circulação de mercadorias.
A instalação da Corte portuguesa no Brasil, em 1808, contribui para a separação definitiva das duas nações. A abertura dos portos, a elevação da colônia à situação de reino e a criação do Reino Unido de Portugal, e Algarve praticamente cortam os vínculos coloniais e preparam a independência. Com a Revolução do Porto, em 1820, a burguesia portuguesa tenta fazer o Brasil retornar à situação de colônia.
A partir de 1821, as Cortes Constituintes - o Parlamento lusitano - tomam decisões contrárias aos interesses brasileiros, como a transferência de importantes órgãos administrativos para Lisboa. Também obrigam Dom João VI a jurar lealdade à Constituição por elas elaborada e a retornar imediatamente a Portugal.
O rei português volta, mas deixa no Brasil o filho Dom Pedro como Regente, para conduzir a separação política, caso fosse inevitável. Pressionado pelas Cortes Constituintes, Dom João VI chama Dom Pedro à Lisboa. Mas o príncipe regente resiste às pressões, que considera uma tentativa de esvaziar o poder da monarquia. Forma-se em torno dele um grupo de políticos brasileiros que defende a manutenção do status do Brasil no Reino Unido.
Em 29 de dezembro de 1821, Dom Pedro recebe um abaixo-assinado pedindo que não deixe o Brasil. Sua decisão de ficar é anunciada no dia 9 de janeiro do ano seguinte, num gesto enfático. O episódio passa à História como o Dia do Fico.
Entre os políticos que cercam o Regente estão os irmãos Antonio Carlos e José Bonifácio de Andrada e Silva, e o Visconde de Cairu, José da Silva Lisboa. Principal ministro e conselheiro de Dom Pedro, José Bonifácio luta, num primeiro momento, pela manutenção dos vínculos com a antiga metrópole, resguardando o mínimo de autonomia brasileira.
Convencido de que a separação é irreversível, aceita a independência desde que a monarquia continue. Para ele, o regime monárquico é o único capaz de neutralizar a intervenção portuguesa nas províncias e preservar a unidade político-territorial do país. Fora da Corte, outros líderes liberais, como Joaquim Gonçalves Ledo e Januário da Cunha Barbosa, atuam nos jornais e nas lojas maçônicas. Fazem pesadas críticas ao colonialismo português e defendem total separação da metrópole.
Em 3 de junho de 1822, Dom Pedro recusa fidelidade à Constituição portuguesa e convoca a primeira Assembléia Constituinte brasileira. Em 1º de agosto, baixa um decreto considerado inimigas tropas portuguesas que desembarquem no país. Cinco dias depois, assina o Manifesto às Nações Amigas, redigido por José Bonifácio. Nele, Dom Pedro justifica o rompimento com as Cortes Constituintes de Lisboa e assegura "a independência do Brasil, mas como reino irmão de Portugal".
Em protesto, os portugueses anulam a convocação da Assembléia Constituinte brasileira, ameaçam com o envio de tropas e exigem o retorno imediato do príncipe regente.
No dia 7 de setembro de 1822, numa viagem a São Paulo, Dom Pedro recebe as exigências das Cortes. Irritado, reage proclamando a Independência do Brasil. Em 12 de outubro de 1822, é aclamado imperador pelos pares do Reino e coroado pelo bispo do Rio de Janeiro em 1º de dezembro, recebendo o título de Dom Pedro I.
No início de 1823, realizam-se eleições para a Assembléia Constituinte da primeira Constituição do Império Brasileiro. A Assembléia é fechada em novembro por divergências com Dom Pedro I. Elaborada pelo Conselho de Estado, a Constituição é outorgada pelo imperador a 25 de março de 1824.
Com a Constituição em vigor e vencidas as últimas resistências portuguesas nas províncias, o processo da separação entre colônia e metrópole está concluído. Contra o liberalismo de setores das elites brasileiras,

"Independência sem revolução" era a expressão usada na época para definir o pensamento do principal conselheiro de Dom Pedro I. Ele pregava a independência sem mudança de regime, ou seja, sem a proclamação da república, e sem nenhuma mudança social importante, como a extinção da escravidão.
Nome completo do Imperador Dom Pedro I (1798 - 1834): Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon.
Sua frase histórica: "Viva a independência e a separação do Brasil. Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, juro promover a liberdade do Brasil. Independência ou Morte!". Em 7 de setembro de 1822, às 16:30hs.
Em 1972, na comemoração do sesquincentenário da Independência, os restos mortais de Dom Pedro I voltaram ao Brasil. Encontram-se no museu do Ipiranga.
Pesquisa feita no Almanaque Abril
Webdesigner: Lika Dutra
sábado, 4 de setembro de 2010
O mês da Palavra de Deus
O estudo da Bíblia é prioridade na Igreja, quer na sua divulgação, no cuidado com a revelação, interpretação, tradução, linguagem e na animação da pastoral.
Em 1965, o concílio Vaticano II publicou um texto chamado “Dei Verbum” ou “A Palavra de Deus. O texto afirma: “Da mesma forma como o próprio Corpo do Senhor, já que, principalmente na Sagrada Liturgia, sem cessar toma da mesa tanto da Palavra de Deus, quanto do Corpo do Cristo o pão da vida, e o distribui aos fiéis” (DV 21). Um intenso movimento bíblico desencadeou-se na Igreja. Merece destaque: A leitura da bíblia nas comunidades, os cursos bíblicos, os círculos bíblicos, inúmeros publicações científicas e populares sobre a Bíblia e sobre livros da Bíblia, as devesas traduções da Bíblia, a criação de instituições bíblicas como: Serviço de Animação Bíblica, cursos, mês da Bíblia, curso bíblico através do Rádio, o método de Leitura Orante da Bíblia e centenas de títulos publicados em linguagem popular e de fácil compreensão. Assim, a Palavra de Deus ganhou um destaque nas celebrações com a valorização da mesa da palavra, a proclamação das leituras e a homilia que alimentam a comunidade.
Em outubro de 2008, o Papa Bento XVI convocou o Sínodo dos Bispos com o tema “A Palavra de Deus na Vida e na Missão da Igreja”. “O homem contemporâneo mostra de tantas maneiras que tem uma grande necessidade de ouvir Deus e falar com Ele. Nota-se, entre os cristãos uma abertura apaixonada para a Palavra de Deus como fonte de vida e graça de encontro do homem com o Senhor”.
O Sínodo se propôs “contribuir para esclarecer aspectos fundamentais da verdade sobre a Revelação, tais como a Palavra de Deus, a Tradição, a Bíblia, o Magistério, que justificam e asseguram um válido e eficaz caminho de fé; acender a estima e o amor profundo pela Sagrada Escritura, fazendo com que os fiéis tenham amplo acesso a ela; renovar a escuta da Palavra de Deus, no momento litúrgico e catequético, especialmente com o exercício da Leitura Orante, adaptada às várias circunstâncias; oferecer ao mundo dos pobres uma Palavra de consolação e de esperança”.
O ministério da Palavra, a pregação pastoral, a catequese e toda a forma de instrução cristã, a homilia litúrgica deve ter um lugar privilegiado. Assim a comunidade se alimenta e se revigora com a Palavra da Escritura. A obra da evangelização e da catequese revitaliza-se graças à atenção dada à Palavra de Deus. Avançar por essa estrada, alargá-la e melhorá-la, renovando certezas e oferecendo serviços é missão da comunidade. A Igreja sabe que, recebendo a Palavra de Deus como o seu maior tesouro recebe também o que constitui o seu maior dever: passá-la a todos.
Hoje é necessário que a escuta da Palavra se torne um encontro vital, que permite colher no texto bíblico a Palavra viva que interpela. A Palavra orienta e plasma a existência mediante a utilização dos novos métodos de leitura da Palavra de Deus e assim adquirir familiaridade com a Bíblia, a tê-la ao alcance da mão, para ser uma bússola a indicar a estrada a seguir.
A proclamação da Palavra de Deus pela Igreja é decisiva para a fé do cristão, já que ela possibilita o acolhimento livre ao anúncio salvador de Jesus Cristo, possibilitado pela atuação do Espírito Santo. É através da pregação do querigma que acontece um autêntico encontro com Jesus Cristo, por isso ele deve ser uma oferta imprescindível a todos. O anúncio e a acolhida da Palavra são, portanto, fundamentais para a vida e a missão da Igreja e ocupam lugar central na liturgia, na família e na comunidade.
É pela pregação da Palavra que todos podem ter acesso à fé e à salvação, chegando a conhecer o Deus único e verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que o Pai enviou. Pela Palavra de Deus homens e mulheres chegam ao encontro com Jesus Cristo, desejosos de algo novo, e que alcançam a luz e são recriados porque se abriram à experiência da misericórdia do Pai que se oferece por sua Palavra de Verdade e Vida. Não abriram o coração para algo do Messias, mas ao próprio Messias. Este encontro com o Senhor é o que inicia um processo de discipulado, de vida em comunhão com os irmãos, de testemunho do Reino e de transformação da sociedade.
A Palavra de Deus não se reduz as noções, mas ilumina e alimenta a vida em Cristo. Neste mês de modo especial todos são chamados a ler a Palavra de Deus e anunciá-la na comunidade.
(*) Dom Juventino Kestering é bispo da Diocese de Rondonópolis
terça-feira, 17 de agosto de 2010
domingo, 8 de agosto de 2010
A origem do dia dos Pais.

Conta a história que em 1909, em Washington, Estados Unidos, Sonora Louise Smart Dodd, filha do veterano da guerra civil, John Bruce Dodd, ao ouvir um sermão dedicado às mães, teve a idéia de celebrar o Dia dos Pais. Ela queria homenagear seu próprio pai, que viu sua esposa falecer em 1898 ao dar a luz ao sexto filho, e que teve de criar o recém-nascido e seus outros cinco filhos sozinho. Algumas fontes de pesquisa dizem que o nome do pai de Sonora era William Jackson Smart, ao invés de John Bruce Dodd.
Já adulta, Sonora sentia-se orgulhosa de seu pai ao vê-lo superar todas as dificuldades sem a ajuda de ninguém. Então, em 1910, Sonora enviou uma petição à Associação Ministerial de Spokane, cidade localizada em Washigton, Estados Unidos. E também pediu auxílio para uma Entidade de Jovens Cristãos da cidade. O primeiro Dia dos Pais norte-americano foi comemorado em 19 de junho daquele ano, aniversário do pai de Sonora. A rosa foi escolhida como símbolo do evento, sendo que as vermelhas eram dedicadas aos pais vivos e as brancas, aos falecidos.
A partir daí a comemoração difundiu-se da cidade de Spokane para todo o estado de Washington. Por fim, em 1924 o presidente Calvin Coolidge, apoiou a idéia de um Dia dos Pais nacional e, finalmente, em 1966, o presidente Lyndon Johnson assinou uma proclamação presidencial declarando o terceiro domingo de junho como o Dia dos Pais (alguns dizem que foi oficializada pelo presidente Richard Nixon em 1972).
No Brasil, a idéia de comemorar esta data partiu do publicitário Sylvio Bhering e foi festejada pela primeira vez no dia 14 de Agosto de 1953, dia de São Joaquim, patriarca da família.
Sua data foi alterada para o 2º domingo de agosto por motivos comerciais, ficando diferente da americana e européia.

Pelo menos onze países também comemoram o Dia dos Pais à sua maneira e tradição.
Na Itália, Espanha e Portugal, por exemplo, a festividade acontece no mesmo dia de São José, 19 de março. Apesar da ligação católica, essa data ganhou destaque por ser comercialmente interessante.
Reino Unido - No Reino Unido, o Dia dos Pais é comemorado no terceiro domingo de junho, sem muita festividade. Os ingleses não costumam se reunir em família, como no Brasil. É comum os filhos agradarem os pais com cartões, e não com presentes.
Argentina - A data na Argentina é festejada no terceiro domingo de junho com reuniões em família e presentes.
Grécia - Na Grécia, essa comemoração é recente e surgiu do embalo do Dia das Mães. Lá se comemora o Dia dos Pais em 21 de junho.
Portugal - A data é comemorada no dia 19 de março, mesmo dia que São José. Surgiu porque é comercialmente interessante. Os portugueses não dão muita importância para essa comemoração.
Canadá - O Dia dos Pais canadense é comemorado no dia 17 de junho. Não há muitas reuniões familiares, porque ainda é considerada uma data mais comercial.
Alemanha - Na Alemanha não existe um dia oficial dos Pais. Os papais alemães comemoram seu dia no dia da Ascensão de Jesus (data variável conforme a Páscoa) . Eles costumam sair às ruas para andar de bicicleta e fazer piquenique.
Paraguai - A data é comemorada no segundo domingo de junho. Lá as festas são como no Brasil, reuniões em família e presentes.
Peru - O Dia dos Pais é comemorado no terceiro domingo de junho. Não é uma data muito especial para eles.
Austrália- A data é comemorada no segundo domingo de setembro, com muita publicidade.
África do Sul - A comemoração acontece no mesmo dia do Brasil, mas não é nada tradicional.
Rússia - Na Rússia não existe propriamente o Dia dos Pais. Lá os homens comemoram seu dia em 23 de fevereiro, chamada de "o dia do defensor da pátria" (Den Zaschitnika Otetchestva).
Independente do seu lado comercial, é uma data para ser muito comemorada, nem que seja para dizer um simples "Obrigado Papai" !
sábado, 7 de agosto de 2010
Catequese do Papa: São Tarcísio, hóstia imaculada ofertada a Deus

Intervenção na audiência geral desta quarta-feira, centrada nos acólitos
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 4 de agosto de 2010 – Apresentamos o discurso de Bento XVI na audiência geral desta quarta-feira, na Praça de São Pedro, em que, na presença de milhares de peregrinos, o Papa falou sobre São Tarcísio e o acolitado.
Caros irmãos e irmãs,
gostaria de expressar minha alegria por estar hoje aqui, entre vocês, nesta Praça, onde de forma festiva vocês se reuniram para esta audiência geral, que conta com a presença significativa da grande Peregrinação Europeia dos Acólitos! Queridos meninos, meninas e jovens, bem-vindos! Visto que a grande maioria dos acólitos presentes na Praça é de origem alemã, dirijo-me primeiramente a eles em minha língua materna.
Caros acólitos e amigos, queridos peregrinos de língua alemã, bem-vindos a Roma! Saúdo-os cordialmente. Junto de vocês, saúdo o cardeal secretário de Estado, Tarcísio Bertone, que se chama Tarcísio, como seu padroeiro. Vocês tiveram a gentileza de convidá-lo, e ele, que leva o nome de São Tarcísio, está feliz por estar aqui entre os acólitos do mundo e os acólitos alemães.
Saúdo os queridos irmãos no episcopado e no sacerdócio e os diáconos que quiseram participar nesta audiência. Agradeço de coração o bispo auxiliar da Basileia, Dom Martin Gächter, presidente do Coetus Internationalis Ministrantium, pelas palavras de saudação a mim dirigidas, pelo presente da estátua de São Tarcísio e o foulard que me deu. Tudo isso me faz lembrar do tempo em que também eu era coroinha. Agradeço-o, em nome de vocês, também pelo grande trabalho que realiza em seu meio, juntamente com os colaboradores e aqueles que possibilitaram este alegre encontro. Meu agradecimento vai também para os promotores suíços e para todos que trabalharam de diferentes modos para construir a estátua de São Tarcísio.
Vocês são numerosos! Já ao sobrevoar a Praça de São Pedro em helicóptero eu vi todas as cores e a alegria que está presente nesta Praça! Vocês não só criaram um ambiente festivo na Praça, mas tornaram ainda muito mais alegre o meu coração! Obrigado! A estátua de São Tarcísio chegou até nós depois de uma longa peregrinação. Em setembro de 2008, foi apresentada na Suíça, diante da presença de 8.000 acólitos: certamente alguns de vocês estavam presentes. Da Suíça passou por Luxemburgo e chegou à Hungria. Nós hoje a acolhemos com festa, felizes em poder conhecer melhor este personagem dos primeiros séculos da Igreja.
A estátua – como já disse Dom Gächter – será colocada nas Catacumbas de São Calisto, onde São Tarcísio foi sepultado. O meu desejo é que este lugar, ou seja, as catacumbas de São Calisto e essa estátua, torne-se uma referência para os acólitos e para aqueles que desejam seguir Jesus mais de perto através da vida sacerdotal, religiosa e missionária. Todos podem se encomendar a este jovem corajoso e forte e renovar o empenho de amizade com o Senhor também para aprender a viver sempre com Ele, seguindo o caminho que nos indica com a Sua Palavra e o testemunho de tantos santos e mártires, dos quais, através do Batismo, tornamo-nos irmãos e irmãs.

Quem foi São Tarcísio? Nós não temos muitas notícias. Estamos nos primeiros séculos da história da Igreja, mais precisamente no terceiro século; narra-se que foi um jovem que frequentava as Catacumbas de São Calisto, aqui em Roma, e era muito fiel aos seus compromissos cristãos. Amava muito a Eucaristia e, por vários fatores, podemos concluir que, provavelmente, era um acólito, um servidor do altar. Aqueles eram anos em que o imperador Valeriano perseguia duramente os cristãos, estes sendo forçados a se reunir secretamente em casas particulares ou, por vezes, até mesmo nas Catacumbas, para ouvir a Palavra de Deus, rezar e celebrar a Missa. Mesmo o costume de levar a Eucaristia aos doentes e prisioneiros tornava-se cada vez mais perigoso.
Um dia, quando o sacerdote perguntou, como de costume, quem estava disposto a levar a Eucaristia aos outros irmãos e irmãs que aguardavam, o jovem Tarcísio levantou-se e disse Tarcísio: "Envie-me". Aquele menino parecia demasiado jovem para um serviço tão exigente! "Minha juventude – disse Tarcísio – será o melhor refúgio para a Eucaristia". O sacerdote, convencido, confiou-lhe o Pão precioso, dizendo: "Tarcísio, lembre-se de que um tesouro celeste é confiado ao seu frágil cuidado. Evite as ruas movimentadas e não se esqueça de que as coisas santas não devem ser dadas aos cães e nem as pérolas aos porcos. Guardará com fidelidade e segurança os Sagrados Mistérios?".
"Morreria – diz Tarcísio – antes de cedê-los". Ao longo do caminho, ele encontrou alguns amigos na rua, que, aproximando-se, pediram-lhe que se unisse a eles. Diante de sua negativa, eles – que eram pagãos – o consideraram suspeito e insistente, e perceberam que portava alguma coisa junto ao peito, a qual parecia defender. Tentaram tomá-la, mas em vão; uma luta muito furiosa se deu, sobretudo quando vieram a descobrir que Tarcísio era cristão; eles o espancaram, atiraram pedras, mas ele não cedeu. Morrendo, foi levado ao sacerdote por um oficial pretoriano de nome Quadrato, que era cristão em segredo. Chegou sem vida, mas ainda segurando firme no peito um pequeno linho com a Eucaristia. Ele foi imediatamente sepultado nas Catacumbas de São Calisto.

O Papa Dâmaso I fez uma inscrição para a tumba de São Tarcísio, segundo a qual o jovem morreu no ano 257. O Martirológio Romano lhe fixa a data de 15 de agosto e no mesmo Martirológio reporta-se também uma bela tradição oral, segundo a qual junto do corpo de São Tarcísio não foi encontrado o Santíssimo Sacramento, nem nas mãos, nem entre as suas vestes. Explica-se que a partícula consagrada, defendida com a vida pelo pequeno mártir, tornara-se carne da sua carne, formando assim com o seu próprio corpo uma única hóstia imaculada ofertada a Deus.
Caríssimos acólitos, o testemunho de São Tarcísio e esta bela tradição nos ensinam o profundo amor e a grande veneração que devemos ter pela Eucaristia: é um bem precioso, um tesouro cujo valor não se pode medir, é o Pão da vida, é o próprio Jesus que se faz alimento, sustento e força para o nosso caminho de cada dia e estrada aberta para a vida eterna; é o maior dom que Jesus nos deixou.
Volto-me uma vez mais aos aqui presentes e, por meio de vocês, a todos os acólitos do mundo! Sirvam com generosidade a Jesus presente na Eucaristia. É uma tarefa importante, que lhes permite estar particularmente próximos do Senhor e crescer na amizade verdadeira e profunda com Ele. Guardem com zelo esta amizade em seus corações, como São Tarcísio, pronto a se empenhar, lutar e dar a vida para que Jesus chegasse a todos os homens. Anunciem também aos seus amigos o dom desta amizade, com alegria, entusiasmo, sem medo, a fim de que eles possam sentir que vocês conhecem este mistério, que ele é verdadeiro e amado! Toda vez que vocês se aproximam do altar, têm a sorte de auxiliar o grande gesto de amor de Deus, que continua a querer se doar a cada um de nós, a estar perto, a ajudar, a dar forças para viver bem.
Com a consagração – vocês sabem – aquele pequeno pedaço de pão torna-se Corpo de Cristo, o vinho torna-se Sangue de Cristo. Vocês têm a sorte de viver próximos deste indizível mistério! Desempenhem com amor, com devoção e com fidelidade a tarefa de acólitos; não entrem na igreja para uma celebração com superficialidade, mas preparem-se interiormente para a Santa Missa! Ajudando os sacerdotes no serviço do altar a trazer Jesus mais perto, para que as pessoas possam sentir e perceber ainda mais: Ele está aqui; vocês colaboram a fim de que Ele possa estar mais presente no mundo, na vida de cada dia, na Igreja e em cada lugar. Queridos amigos! Vocês emprestam para Jesus as suas mãos, o seu pensamento, o seu tempo. Ele não deixará de recompensá-los, dando-lhes a alegria verdadeira e a felicidade mais plena. São Tarcísio mostra-nos que o amor pode levar até mesmo à entrega da vida por um bem autêntico, pelo verdadeiro bem, pelo Senhor.
A nós provavelmente não é pedido o martírio, mas Jesus nos pede fidelidade nas pequenas coisas, recolhimento interior, participação interior, nossa fé e esforço para manter presente este tesouro na vida de cada dia. Pede-nos a fidelidade nas tarefas diárias, o testemunho do Seu amor, frequentando a Igreja por convicção interior e pela alegria da sua presença. Assim podemos também dar a conhecer aos nossos amigos que Jesus vive. Neste compromisso, ajude-nos a intercessão de São João Maria Vianney, de quem hoje se marca a memória litúrgica, este humilde pároco da França, que mudou uma pequena comunidade e desse modo deu ao mundo uma nova luz. O exemplo dos santos Tarcísio e João Maria Vianney leve-nos todos os dias a amar Jesus e cumprir Sua vontade, como fez a Virgem Maria, fiel ao Seu Filho até o fim. Mais uma vez obrigado a todos! Que Deus os abençoe nestes dias e um bom retorno aos seus países!
[Tradução do original italiano por Alexandre Ribeiro.
Após a audiência, o Papa dirigiu-se aos peregrinos em diferentes idiomas. Em português, disse:]
Amados peregrinos vindos do Brasil, de Portugal e demais países de língua portuguesa, sede bem-vindos! A todos saúdo com grande afeto e alegria, de modo especial a todos os acólitos e coroinhas aqui presentes. Que a exemplo do vosso padroeiro, São Tarcísio, possais crescer sempre mais no amor à Eucaristia que é o tesouro mais precioso que Jesus nos deixou. Que Deus derrame os seus dons sobre vós e vossas famílias, que de coração abençôo. Ide em paz!
[© Copyright 2010 - Libreria Editrice Vaticana]
4 de Agosto - Dia do Padre

É alguém escolhido por Deus, dentro de uma comunidade, no seio de uma família, para ser o continuador da obra salvadora de Jesus. Ele assume a missão de construir a comunidade.
Por graça e vocação, o padre age em nome de Jesus: ele perdoa os pecados, ele reconcilia seus irmãos com Deus e entre si; ele trás a bênção de Deus para todos.
O padre é aquele que celebra a vida de Deus na vida da comunidade. Na Celebração Eucarística , ele trás Jesus para as comunidades. A Eucaristia é a razão primeira do sacerdócio.
O padre alimenta seus fiéis por esse sacramento, pela sua pregação e pelo seu testemunho.
Padre é o modelo por excelência de Jesus Cristo, o bom Pastor. Por esse motivo ele deve ser como o Cristo Pastor. O Padre deve ser o pastor atencioso de seu rebanho.
Deve guiar por bons caminhos, orientando nas dificuldades e prevenindo quando necessário. Deve defender seus irmãos dos lobos modernos que devoram os menos esclarecidas e dos ladrões que atacam, que confundem e dispersam o único rebanho do Senhor.
Padre é o homem de Deus que deve estar no meio do povo: nas Paróquias, nas Pastorais, nos Seminários, nos Hospitais, nas Escolas e Faculdades, nos Meios de Comunicação Social, nas Comunidades Inseridas e entre os mais pobres e marginalizados... É um sinal de que o Reino de Deus existe entre nós.

Onde nascem as vocações?
Na família que reza unida;
Nos grupos de catequese, de adolescentes, de coroinhas ou acólitos;
Nos grupos de jovens, grupos missionários, grupos de vivência da fé;
Nas paróquias e comunidades eclesiais, onde o Padre deve ser o maior incentivador das vocações...
Eis a nossa mensagem para que tenhamos mais padres:
Vamos rezar sempre pelas vocações;
Façamos de tudo para incentivar os jovens e adolescentes para que sigam essa vocação;
Vamos falar bem da vocação sacerdotal na família, na escola, na catequese, nos grupos de adolescentes, de jovens...
Vamos implantar em nossa comunidade o trabalho vocacional, instituindo um casal ou uma equipe que se interesse pelas vocações, que promova, incentive e oriente os adolescentes e jovens a participarem dos encontros
vocacionais;
Façamos de tudo para criar na comunidade um clima favorável ao o surgimento das vocações. Este é um trabalho conjunto exercido pelo Pároco, pelos jovens, pelos catequistas, pelas famílias, pelo Movimento Serra e
demais movimentos, pelos que animam a liturgia e grupos de reflexão. Todos somos responsáveis para que tenhamos mais sacerdotes. O Papa João Paulo II, nos ensina: “Descei no meio dos jovens e chamai, não tenhais medo de chamar”. Devemos chamar sempre. Que tal fazermos algo concreto pelas vocações em nossa comunidade? O que poderemos fazer?

Parabéns aos nossos padres!
Oração pelos sacerdotes
Senhor Jesus Cristo que, para
testemunhar-nos o vosso amor infinito, instituístes o sacerdócio
católico, a fim de permanecerdes entre nós, pelo ministério
dos padres, enviai-nos santos sacerdotes.
Nós vos pedimos por aqueles que estão conosco, à frente da nossa comunidade, especialmente pro pároco da nossa paróquia.
Pedimos pelos missionários que andam pelo mundo, enfrentando cansaço, perigos e dificuldades, para anunciar a Palavra da Salvação.
Pedimos pelos que se dedicam ao serviço da caridade, cuidando das crianças, dos doentes, dos idosos e de todos os que sofrem e estão desamparados.
Pedimos por todos aqueles que estão a serviço do vosso Reino de justiça, de amor e de paz, seja ensinando, abençoando ou administrando os sacramentos da salvação.
Amparai e confortai, Senhor, aqueles que estão cansados e desanimados, que sofrem injustiças e perseguições pelo vosso nome ou que se sentem angustiados diante dos problemas.
Fazei que todos sintam a presença do vosso amor e a força da vossa Providência. Amém.
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Encontro Comarcal dos Missionários e Missionárias da Mãe Peregrina de Braço do Norte.

Foi nesse espírito de louvor a Maria nossa mãe, que aconteceu no domingo, 1º de Agosto o encontro comarcal dos missionários e missionárias da Mãe Peregrina em Rio Bonito, Braço do Norte, contando com cerca de 300 pessoas que através da capelinha da Mãe Rainha, fazem o seu trabalho de evangelização!
O encontro iniciou por volta das 13:30 com a acolhida das paróquias que se faziam presentes e em seguida contou com a palavra do Pároco Pe. Pedro Goulart Alves que deixou sua mensagem, convidando cada um a olhar com carinho e um amor maior, essa grande mulher, Maria, mãe peregrina, que passa mensalmente por tantas e tantas famílias.
Após essa bela reflexão, Ir. Helena também deixou sua mensagem, ajudando-nos a refletir sobre a história da Mãe Peregrina e mostrando quanto é importante o trabalho que cada um faz, ajudando as famílias a rezarem mais e mais nas suas casas.
Marcaram presença no encontro Pe. Domingos Dorigom de São Ludgero, Pe. Auricélio Costa, promotor diocesano das vocações e Dom Wilson Tadeu Jünck, bispo de Tubarão que presidiu a solene liturgia as 16:00.
Dom Wilson lembrava como é importante o trabalho desses missionários que são verdadeiros evangelizadores.
Antes da missa houve um delicioso café oferecido pela paróquia no qual todos puderam se confraternizar.
Para a paróquia de Rio Bonito foi um momento rico receber tantas pessoas no 1º encontro comarcal que a paróquia sediou, e para cada um que por lá passou ficou a marca de Maria a Mãe Peregrina estampada nos corações!
terça-feira, 27 de julho de 2010
Pré Missão Jovem Diocesana

Os jovens foram preparados e enviados para as comunidades, onde tinham como objetivo conhecer e reunir a comunidade para fazer um pequeno diagnóstico, respondendo a um questionário que foi preparado para que os jovens conheçam a comunidade que será atendida no mês de Setembro.
Cada comunidade está se preparando ao seu modo para as missões e vem divulgando, cooperando e se organizando para o segundo grande momento deste projeto. No sábado, à tarde, a juventude foi enviada para as comunidades. Participaram da Missa ou do Culto e de reuniões.

No domingo, voltando para a sede da Paróquia, fizemos um momento de partilha e de avaliação e deram-se alguns encaminhamentos. Terminanos o momento da Pré-missão com a benção final, comprometendo cada jovem a se empenhar na divulgação e no compromisso do bom andamento da Missão.
Com a Pré-Missão nós damos o primeiro passo deste projeto tão bonito e fecundo. Juventude tecendo redes de paz!
segunda-feira, 26 de julho de 2010
PASTORAL DA JUVENTUDE - MISSÃO JOVEM
Somos todos enviados para anunciar o Reino de Deus que está presente em nosso meio. A missão da Pastoral da Juventude Diocesana é tornar Jesus Cristo mais amado, conhecido e conseqüentemente seguido.
Estaremos dando um grande passo para que este sonho da Missão Jovem se concretize com um bom êxito. Ela aconteceu nos dias 24 e 25 de Julho de 2010 e foi concluida com bom êxito! Jovens de diversas paróquias de nossa diocese participaram e estão engajados mas fortemente para a missão Jovem que acontecerá em Setembro. Foi um momento rico para a paróquia que acolheu tantos jovens para esse trabalho missionário!
Agora basta contarmos com todos para que nossa Missão Jovem possa dar muitos e muitos frutos!
terça-feira, 20 de julho de 2010
Chega a Diocese de Tubarão seu novo pastor!

Sob fortes aplausos, Dom Wilson foi recebido na Catedral por volta das 15h, quando teve início a cerimônia de posse, que encerrou próximo das 18h. “Gostaria que vocês tivessem no bispo um irmão que quer caminhar com cada um e com todos, alguém que quer crescer no amor de Jesus Cristo. Agradeço a todos pela atenção e fraternidade”, declarou o bispo, pouco antes de anunciar a nomeação do padre Nilo, que estava responsável pela administração da diocese, como vigário geral.
Para a cerimônia, veio do Rio de Janeiro uma comissão de padres e arcebispos. “Formávamos um grupo de amigos antes de tudo, apoiando um ao outro, e agradeço por isso. Fico muito contente em ver vocês aqui”, afirma Dom Wilson, que também falou aos familiares: “Esta é a parte mais difícil. Somos em nove e apenas uma irmã não pôde vir. Quero também agradecer sempre pelo apoio que tive de todos vocês. À minha mãe, obrigado pelas orações que eu sei que a senhora sempre fez”, comenta.
Com idade acima dos 90 anos, a mãe de dom Wilson, Terezinha Jönck, assistiu emocionada a toda a cerimônia sentada na primeira fileira de bancos da Catedral. “Quero que ele continue sendo muito feliz e que sempre faça o bem para com os pobres. Continuarei rezando pelo meu filho”, deseja Terezinha.
Para o prefeito, Manoel Bertoncini, que também esteve na posse de Dom Wilson, o dia foi de comemoração. “É com grande alegria que participo deste ato. A chegada do bispo irá continuar fazendo toda a diferença como a de todos os outros que passaram por aqui. O amor e a palavra de Deus têm o direcionamento que é melhorar a vida de todos. Às vezes nos deparamos com dificuldades e, eu posso dar meu testemunho, o amor e a fé podem mover montanhas”, comenta Bertoncini.
De acordo com o padre Pedro De Biasi, a missa ocorreu dentro das expectativas. “Foi uma tarde de festa, com muito calor humano e calor de acolhimento. Em menos de um ano temos a graça de ter o nosso novo pastor. Tudo ocorreu como queríamos que ocorresse, com muito entusiasmo”, comemora o padre Pedro.

Dom Murilo S. R. Krieger,scj foi quem proferiu a homilia de posse de Dom Wilson, e usou de belas palavras.
1. A Igreja direciona hoje o nosso olhar para uma virtude que é muita apreciada em toda a Palavra de Deus: a virtude da hospitalidade. Para entendê-la e compreender suas dimensões, são colocadas algumas pessoas diante de nós: Abraão, nosso pai na fé, e Marta e Maria, moradoras de Betânia, irmãs de Lázaro.
2. Na passagem do livro do Gênesis, Deus mesmo se apresenta como hóspede de Abraão. A tradição cristã nos ensinou a ver nos três homens que o visitaram um símbolo da Santíssima Trindade. Com Abraão, aprendemos que a hospitalidade não é apenas um gesto de boa educação, de delicadeza, mas um aspecto do amor. Abraão demonstra sua alegria de poder acolher os três desconhecidos. Além de correr a seu encontro, prostrou-se por terra, entrou na tenda onde estava Sara, correu até o rebanho, pegou um bezerro e o deu aos criados para que o preparassem, buscou coalhada e pôs tudo diante dos três visitantes. Quando tudo estava pronto, ficou de pé, ao lado dos hóspedes, prestando atenção a qualquer sinal, procurando adivinhar qualquer solicitação ou necessidade deles. Afinal, via naqueles homens seu “Senhor”. Por isso, não era um peso servi-los, mas um privilégio, mesmo que tendo que fazer isso “no maior calor do dia” e tendo que deixar de lado o descanso junto do carvalho.
3. Também as irmãs Marta e Maria nos dão uma lição de hospitalidade. As expressões de acolhida de uma e de outra são diferentes, mas, sem dúvida, ambas estavam movidas pelo amor ao amigo que as visitava. Maria se colocou aos pés do Mestre, para escutá-lo. Marta, que, segundo Lucas, foi quem acolheu Jesus na casa de Betânia, “estava ocupada com muitos afazeres”. Tudo indica que sua agitação era em função de Jesus, para acolhê-lo da melhor forma possível. Podemos concentrar nossa atenção na carinhosa repreensão que recebeu; mas podemos também pensar na recompensa que recebeu: aprendeu com Jesus a necessidade de se buscar o essencial, de escolher a melhor parte, em vez de nos agitarmos por muitas coisas.
4. Mas, qual é essa “melhor parte”? A melhor parte, a única coisa verdadeiramente importante que ninguém nos pode tirar, é escutar Jesus. É escolher Jesus. Ele é o tesouro que ladrão algum pode nos roubar. O apóstolo Paulo nos dirá que “a melhor parte” é “a presença de Cristo em vós, a esperança da glória”. Jesus é “o mistério escondido por séculos e gerações”, e revelado agora “aos seus santos”.
5. Todos nós, do Regional Sul 4, acolhemos hoje com alegria a Dom Wilson Tadeu Jönck. Não sabemos acolhê-lo com a presteza de Abraão, nem com o carinho das irmãs Marta e Maria. Temos consciência, contudo, de que este irmão vem em nome do Senhor; vem à Igreja Particular de Tubarão movido pelo mesmo desejo que levou Paulo a servir o Senhor, anunciando-o, “admoestando e ensinando a todos, com toda sabedoria, para a todos tornar perfeitos em sua união com Cristo”.
6. A todos tornar perfeitos em sua união com Cristo! São Gregório Nazianzeno, que era bispo e faleceu no final do século IV, tinha consciência de que a busca da perfeição dos fiéis deve começar por nós mesmos: “Temos de começar por nos purificar, antes de purificarmos os outros; temos de ser instruídos, para podermos instruir; temos de nos tornar luz para aluminar, de nos aproximar de Deus para podermos aproximar dele os outros, ser santos para santificar” (citado por João Paulo II, Psstores Gregis, 12). Por isso mesmo, “o Bispo tem necessidade constante da graça de Deus” (id., 13). Se é verdade que sua oração pelo povo que lhe é confiado tem uma eficácia especial, e disso Moisés, à frente do povo de Deus, nos dá um belo exemplo, não menos verdade é que a oração das ovelhinhas pelo seu pastor também tem um poder único. Essa oração, que deverá se renovar sempre, será uma demonstração da acolhida que o povo desta Diocese dá àquele que vem em nome do Senhor. Somente com a certeza dessa oração o Bispo não tremerá ao ler a observação do Papa João Paulo II na Exortação Apostólica Pós-Sinodal sobre o Bispo: “Os fiéis devem poder contemplar, no rosto do Bispo, aquelas qualidades que são dom da graça e que nas bem-aventuranças constituem quase o auto-retrato de Cristo: o rosto da pobreza, da mansidão e da paixão pela justiça; o rosto misericordioso do Pai e do homem pacífico e pacificador; o rosto da pureza de quem constante e unicamente contempla a Deus. Os fiéis poderão ver, no seu bispo, o rosto também daquele que continua a compaixão de Cristo pelos atribulados e às vezes, como sucede na história e acontece ainda hoje, o rosto cheio de fortaleza e alegria interior de quem é perseguido por causa da verdade do evangelho” (ib. 18).
7. Nós, bispos, somos chamados a viver nosso ministério em meio a dificuldades externas e internas, enfrentando fraquezas próprias e alheias, imprevistos diários, problemas pessoais e institucionais (cf. PG 23). Como, em meio a tudo isso, cultivar uma vida serena? Como manter a calma em meio às inúmeras obrigações que se multiplicam e não poucas vezes, se atropelam? Como fazer das próprias responsabilidades um meio de santificação, a ponto de poder repetir, com Paulo: “procuro completar na minha própria carne o que falta das tribulações de Cristo”? Como encontrar respostas adequadas aos desafios dos nossos tempos? Enfim, o que fazer para que não sermos dominados pelo jeito de ser de Marta?
8. A resposta a essas e a muitas outras perguntas está no Bom Pastor. É com o olhar voltado para ele que aprenderemos a “não andar agitados por muitas coisas”. Ele nos ensina, em primeiro lugar, que o amor de Deus foi derramado em nossos corações (cf. Rm 5,5). Depois, nos recorda que, não por acaso, colocou a nosso lado outros pastores, porque quer que vivamos unidos no corpo episcopal – corpo que tem Pedro e seus sucessores à sua frente. Finalmente, será no amor à própria Igreja Particular, no trabalho de fazer da Diocese uma casa e escola de comunhão, que encontraremos a força e a motivação necessárias para sermos homens de esperança (cf. PG 73).
9. Maria, a Mãe de Jesus, que sempre soube escolher “a melhor parte”, invocada nesta Diocese com o título de Nossa Senhora da Piedade, seja


sexta-feira, 11 de junho de 2010

Tem início nesta sexta-feira, 11, o Seminário “Novas mídias e novas tecnologias”, evento promovido pela Igreja Católica e realizado no Centro de Formação Champagnat, em Florianópolis (SC). O seminário segue até domingo, 13, envolvendo comunicadores católicos de todo o estado.
A formação contará com a assessoria do padre João Carlos Almeida, mais conhecido como padre Joãozinho, jornalista, compositor, escritor e apresentador de televisão, e do padre Domingos Volnei Nadi, doutor em comunicação e professor no Instituto Teológico de Santa Catarina.
Entre os assuntos em debate estarão: como evangelizar pela Internet e as novas tecnologias e o desafio missionário da Pascom. O seminário é aberto para a participação de toda a comunidade.
Participam do Seminário, o arcebispo de Florianópolis, dom Murilo Krieger; o secretário executivo do Regional Sul 4 da CNBB (Santa Catarina), padre Francisco de Assis Wloch, além de comunicadores católicos de diversas cidades catarinenses e todos os interessados em conhecer mais sobre a mídia católica. O seminário terá como mediador, o jornalista e diretor de comunicação da Câmara Municipal de São José, Carlos Martins.
Lançamento de livro
Ainda na programação do Seminário, que deve reunir cerca de 150 lideranças da Igreja Católica da Santa Catarina, ocorre o lançamento do livro “Imagem e semelhança de Deus na Mídia”, de autoria do padre Joãozinho. O evento será realizado às 11h de sábado, 12. Na oportunidade o autor fará a apresentação da obra e autografará os livros.
A obra foi originado a partir da Semana Teológica da Faculdade Dehoniana de Taubaté (SP). Durante o evento, suscitou-se reflexões e debates sobre a imagem e semelhança de Deus na mídia. A partir desses debates, o Reitor da Faculdade, padre Joãozinho decidiu reunir essas ideias em uma obra única até então, com personalidades-referência em suas atividades, refletindo sobre Deus na Mídia.
A obra de preciosa e atual reflexão conta com artigos de autores variados. Entre eles: padre Zezinho, scj, padre Marcial Maçaneiro, scj, padre Mário Marcelo Coelho, scj e o padre César Moreira, da TV Aparecida.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
segunda-feira, 31 de maio de 2010
quinta-feira, 27 de maio de 2010
TUBARÃO: TEMOS BISPO!

sexta-feira, 21 de maio de 2010
PENTECOSTES

sexta-feira, 14 de maio de 2010
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Dom Angélico fala da ação dos bispos eméritos e pede mais cuidado com a população idosa.

O bispo emérito de Blumenau (SC), dom Angélico Sândalo,destacou a missa
dos eméritos, na manhã de ontem, 5, realizada no Santuário Dom Bosco, em Brasília. “Na Assembleia, hoje, nos detivemos na oração inicial com uma Santa Missa em homenagem aos bispos eméritos. E foi uma felicidade. Eu digo com muito orgulho: como emérito, estou trabalhando muito mais do que quando era titular”, destacou. O bispo fez também um alerta à sociedade sobre o tratamento dado aos idosos. “A sociedade precisa abrir mais espaço aos idosos, descobrir suas necessidades, pois somos uma parcela da sociedade que cresce muito rapidamente”, disse no segundo dia Dom Angélico fala da ação dos bispos eméritos e pede mais cuidado com a população idosa de coletivas com a imprensa da 48ª A s s e m b l e i a Geral da CNBB. D o m A n g é l i c o d e s t a c o u a norma enviada pelo vaticano há 50 anos que destaca o problema da pósmodernidade. “O Vaticano já tocava neste assunto há meio século, de que os ‘v

Só os anjos não têm sexo

Ter, 20 de Abril de 2010 00:00
A obrigação do celibato começou em 1123
Arnaldo Jabor
Os olhos do papa me inquietam. São olhos frios, perscrutadores, inquisitivos. O corpo se mexe, sob o manto rubro e dourado, os gestos são eclesiásticos, mas os olhos são fixos, defensivos, preocupados em esconder os desvios de um dogma superado e "inevitável". Nessa onda de denúncias contra os padres pedófilos, seus olhos ficaram mais duros. Não digo que ele seja conivente com a pedofilia, mas são olhos desconfiados, olhos em que há medo das mutações do mundo.
Claro que o celibato não é a única causa da pedofilia na Igreja. Mas, a própria escolha da vida religiosa já é uma negação alucinada da sexualidade - se a força máxima da vida é esmagada, a Igreja vira uma máquina de perversões. Claro. Pedofilia e homossexualismo pairam no ar de qualquer internato religioso.Alguns religiosos dizem que a pedofilia não é resultado direto do celibato, pois o padre insatisfeito poderia procurar um adulto, como fazem tantos no interior do país onde, diz a lenda, as mulheres amantes de batinas viram "mulas sem cabeça".O problema é que em colégios e conventos há a facilidade de pupilos dóceis, a obediência reverencial, o medo infantil... Além disso, procurar um adulto seria assumir uma sexualidade plena, da qual o noviço foge desde o início. Talvez vivam a fantasia de que molestar uma criança seja um pecado venial, incompleto, infantil, uma decorrência perdoável da proibição da Igreja. O pedófilo também é infantilizado.No velho colégio de padres onde estudei, a entrada dos alunos já era um desfile de velada pedofilia. O padre reitor - ahh... tempos antigos de batinas negras - postava-se imóvel na porta da entrada, numa pose paternal e severa, com as mãos oferecidas para abençoar os alunos. Passavam por ele duas filas de meninos, beijando suas mãos. Havia algo de veadagem naquilo, aquela negra batina imóvel como um manequim, as mãos beijadas por mais de 500 meninos de calças curtas. Ainda me lembro do vago cheiro de sabonete e cuspe na mão do padre.Eu via as mães dos alunos, lindas, com seus penteados e decotes imitando a Jane Russel ou Ava Gardner, fazendo charme para os padres enlouquecidos pela castidade obrigatória. E eu me perguntava: "Meu Deus... por que padre não pode casar?" Lembro-me do tremor dos jovens sacerdotes, excitados pelas madames pintadíssimas, trancando-se em negras clausuras, esvaindo-se no "vício solitário".E esses mesmos padres nos diziam: "Cada vez que vocês se masturbam, morrem milhões de pessoas que iam nascer. É um genocídio! Igual ao que o Hitler fez!" E nós, além do pecado, sofríamos a vergonha de ser pequenos "Hitlers" de banheiro. Eu pensava: "Por que tanta onda sobre nossos pobres pintinhos, por que essa energia que sinto em minha carne é criminosa?"
A masturbação era um crime inafiançável. Iríamos queimar no fogo por toda a eternidade. Lembro-me da descrição da eternidade no inferno: "Imaginem que o planeta seja um grande diamante duríssimo. De cem em cem anos, um passarinho vem voando e dá uma bicadinha na Terra. Só no dia em que toda a Terra for esfarinhada pelas bicadinhas, terminará a eternidade." E eu sofria, me esvaindo nos banheiros, pensando naquele passarinho que bicava o mundo, enquanto eu acariciava o outro passarinho se preparando para uma vida de traumas e medos.No filme que acabo de fazer, há essas cenas, interpretadas por dois grandes atores - os "padres" Ary Fontoura e Jorge Loredo (o "Zé Bonitinho").
No colégio, tudo era sexo dissimulado. Essa palavra terrível estava em toda parte, como uma ameaça vermelha. O Diabo nos espreitava detrás da estátua de Santa Tereza em êxtase, nas coxas dos anjinhos nus, nos seios fervorosos das beatas acendendo velas.
A angústia da proibição sexual era visível: rostos mortificados, berros severos e excessivos nas aulas, castigos sádicos, perseguições a uns e carinhos protetores a outros.Eu mesmo fui assediado por um padre que era notório cantador de menininhos; ele fazia mágicas para ser popular e, um dia, tentou me beijar num canto da clausura. Criado na malandragem das ruas, fugi em pânico. E falei disso em confissão com outro padre, que mudou de assunto, como se fosse uma impressão minha, como se a pedofilia fosse uma prática improvável, exatamente como os cardeais americanos fizeram. Há, sim, uma tolerância velada com esses desvios criados pelo antigo dogma.
A mim ensinaram que o prazer era um crime. A partir daí, tudo ficava manchado de culpa; a alegria era falta de seriedade, a liberdade era um erro, as meninas eram seres inatingíveis com seus peitinhos e bundinhas. Até hoje, vivo dividido entre as santas e as "impuras"; quantas dores senti na vida por esses ditames que transformavam as mulheres em perigos, em "Liliths" demoníacas, tão ameaçadoras quanto o intenso desejo que tínhamos por elas. A mulher, como Eva ou Pandora, era a origem de todos os males. Delas saía a vida e a morte, delas saía o prazer pecaminoso, o mal do mundo. Essa doença mística gera desde a burca até o strip-tease, numa antítese simétrica.
O problema da Igreja com o sexo leva-a a uma compreensão quebrada da vida, leva-a a denegar a aids, a condenar o aborto, o controle social da natalidade e a outros erros maiores, advindos de um vazio originário, desde o Concílio de Latrão em 1123. Sem o sexo, os religiosos seriam quase "anjos", mais próximos de Deus.
Uma das grandes desvantagens da Igreja católica diante de outras religiões é o celibato. Daí, em cascata, surgem problemas que justificam a queda do prestígio da Igreja na era do espetáculo e da derrubada de certezas.
Hoje piorou. O mundo virou uma incessante paisagem de bundas e seios nus, da hipersexualização que nos espreita no trânsito, nas ruas, na TV. Já imaginaram esses padres vendo as gostosas sexy do momento, trancados em escuras celas, sob o voto de castidade? Noite escura, sino batendo e a BBB nua na capa da revista? Esta é a minha ideia de inferno.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
terça-feira, 27 de abril de 2010
Igreja Católica e a Pedofilia!

De repente coisas são desenterradas e uma Igreja de 2000 anos é quem sofre pois seu pastor é bombardeado de todos os lados.
PEDOFILIA, PEDOFILIA e por ai vai! O que está acontecendo ou o que aconteceu há muito tempo foram casos que já foram ou estão sendo julgados e não merecem tanta repercussão assim, essa página tem que ser virada e não continuar-mos batendo na mesma tecla. Sabemos que foram errados esses padre e eu de certo modo atingiram a nós também afinal todos somos parte de uma mesma igreja, mas o que aconteceu de errado deve sim ser concertado pois nossa igreja é Santa mas também Pecadora.
Alegrar-se com o bem-estar e o sucesso dos outros eis que traz paz interior e felicidade profunda. Querer o bem estar dos outros faz bem para nós mesmos. Agora querer que tudo seja colocado abaixo e destruído é pura ignorância de quem a faz. Querer derrubar pessoas é uma falta de ética apesar de seus erros. QUEM NUNCA ERROU? E é isso que está acontecendo com nossa Igreja Católica. Tentando atingir nosso pastor (PAPA) acreditam que tudo irá ser consumado.
Nem o PAPA nem toda igreja devem sofrer pela falta de consciência de certos padres. Devemos colocar cada um no seu devido lugar e não fazer com que isso acabe com tudo.
No mundo somos uma grane família. Somos uma só carne. E como membros da Igreja de Jesus Cristo devemos dar um basta em TUDO, TUDO mesmo.